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Les Récits Fantastiques D'André Pieyre De Mandiargues

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Academic year: 2022

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(1)

LES RÉCITS FANTASTIQUES D ’ANDRÉ PIEYRE DE MANDIARGUE S

Dóra SCHNELLER

A n d r é P ie y r e d e M a n d ia r g u e s e s t n é il y a c e n t a n s . A l ’o c c a s io n d u c e n te n a ir e d e s a n a is s a n c e l ’E d itio n G a llim a rd , q u i s ’o c c u p e d e p u is lo n g te m p s d e s e s liv r e s , a p u b lié s o u s l a d ir e c tio n d e G é r a r d M a c é e t d e S ib y lle P ie y r e d e M a n d ia r g u e s d a n s l a c o lle c tio n

Quarto

u n é p a is e t tr é s b e a u liv r e d e c e t é c r iv a in p e u c o n n u , in titu lé

Récits érotiques et fantastiques1

. L e liv r e c o n tie n t to u s le s r e c u e ils d e n o u v e lle s d e l ’é c r iv a in e t u n e b io g r a p h ie d é ta illé e e t illu s tr é e , in titu lé e

Vie et wuvre

e t r é d ig é e p a r l a fille d e l ’a u te u r, S ib y lle P ie y r e d e M a n d ia r g u e s . C e n ’e s t p a s u n h a s a r d si le c h o ix d e s é d ite u r s s ’e s t p o r té s u r le s ré c its b r e f s d e M a n d ia r g u e s c a r c e s o n t s e s r é c its le s p lu s r é u s s is . C o m m e le d it G é r a r d M a c é d a n s l ’a v a n t- p r o p o s d u liv r e : p lu s e n c o r e q u ’u n r o m a n c ie r , m a lg r é

La Marge

q u i lu i v a l u t le p r i x G o n c o u r t e n 1 9 6 7 , M a n d ia r g u e s e s t u n c o n te u r :

« U n p o é te a ttir é p a r l a p r o s e , q u i a v a it b e s o in d e l a n a r r a tio n , b e s o in d e p e r s o n n a g e s a u x n o m s é tra n g e s e t a u x g o ű ts s in g u lie r s , p o u r m e ttr e e n sc é n e so n u n iv e r s in té rie u r. C ’e s t si v r a i q u e l a p lu s g r a n d e p a r tie d e s o n re u v re se c o m p o s e d e ré c its b r e f s , q u ’il v o u la it d ’u n e p e r f e c tio n m in é r a le e t d ’u n e c o n c is io n la p id a ir e 1 2. »

P a r m i c e s r é c its b r e f s o n tr o u v e u n e v in g ta in e d e ré c its f a n ta s tiq u e s , p a r u s p o u r la p r e m ie r e f o is q u e lq u e s a n n é e s a p r é s l a d e u x ié m e g u e r r e m o n d ia le d a n s la c o lle c tio n L ’I m a g in a ir e G a llim a rd , d a n s le s r e c u e ils

Le Musée noir

e t

Soleil des loups

. P o u r c e d e r n ie r liv r e l ’a u te u r a r e ? u le p r ix d e s c r itiq u e s e n 1 9 5 1 . C e s o n t d e s liv r e s f o r te m e n t in f lu e n c é s p a r l ’e s th é tiq u e s u r ré a lis te , á te l p o in t q u ’o n p e u t d ire q u e M a n d ia r g u e s e s t le c r é a te u r d ’u n n o u v e a u g e n r e : c e lu i d u r é c it f a n ta s tiq u e s u r ré a lis te .

L e s s u r ré a lis te s é t a ie n t d e g r a n d s a d m ir a te u r s d e l a litté r a tu r e fa n ta s tiq u e , s u r to u t d u r o m a n g o th iq u e a n g la is e t d e P o e . D a n s le

Premier manifeste du surréalisme

B r e to n s ’o c c u p e s e u le m e n t d u m e r v e ille u x , m a is c ’e s t u n g e n r e p r o c h e d u f a n ta s tiq u e : « D a n s le d o m a in e litté r a ire , le m e r v e ille u x s e u l e s t c a p a b le d e f é c o n d e r d e s re u v re s r e s s o r tis s a n ts á u n g e n r e in f é r ie u r te l q u e le r o m a n e t d ’u n e f a ? o n g é n é r a le t o u t c e q u i p a r tic ip e d e l ’a n e c d o te .

Le Moine

, d e L e w is , e n e s t u n e p r e u v e a d m ir a b le . L e s o u ffle d u m e r v e ille u x l ’a n im e t o u t

1 A. PIEYRE DE MANDIARGUES (2009).

9

A. PIEYRE DE MANDIARGUES (2009 : 9). Avant-propos de Gérard Macé.

(2)

e n t ie r 3. » Il n ’e s t p a s n é g lig e a b le q u e le m e r v e ille u x a i t c o n n u u n p lu s g r a n d s u c c e s c h e z le s s u r ré a lis te s (

Nadja

d e B r e to n ,

Le Paysan de Paris

d ’A ra g o n ) q u e le fa n ta s tiq u e . L e m e r v e ille u x s u r ré a lis te v ie n t d e l a n a tu r e , d e s o b je ts q u i n o u s e n to u re n t, m a is s e u le m e n t lo r s q u e n o u s d é p o u illo n s c e s o b je ts d e le u r a s p e c t u tilita ir e e t h a b itu e l p o u r le s r e g a r d e r e n e u x - m e m e s c o m m e d e s c h o s e s in s o lite s q u i é v e ille n t n o tr e im a g in a tio n e t q u i c r is ta llis e n t le s a p p e ls d e n o tr e in c o n s c ie n t.

P o u r l a p lu p a r t d e s p o e te s s u r r é a lis te s le f a n ta s tiq u e e t le m e r v e ille u x d e v a ie n t s u r g ir a v a n t t o u t p a r l ’é c r itu r e a u to m a tiq u e e t p a r le s r é c its d e re v e . J u d it M a á r n o te d a n s s o n liv r e in titu lé

La littérature fantastique

q u e le s s u r ré a lis te s n ’o n t p a s é c r it d e s ré c its f a n ta s tiq u e s , m a is q u e l ’ir r a tio n n e l, le m e r v e ille u x e t l ’in c o m p r é h e n s ib le s o n t p r é s e n ts d a n s le u rs re u v re s . E lle é v o q u e

Nadja

d e B r e to n q u i r a c o n te l a r e n c o n tr e d e l ’é c r iv a in a v e c u n e fe m m e m y s té r ie u s e , c a p a b le d e v o ir le s c h o s e s c a c h é e s e t q u i in c a r n e l ’in c o n n u e t l ’ir ra tio n n e l.

M a lg ré l a p r é s e n c e d u m e r v e ille u x e t d ’é lé m e n ts f a n ta s tiq u e s , N a d ja d e B r e to n r e s te u n o u v r a g e a u to b io g r a p h iq u e q u i n e q u itte p a s to ta le m e n t le te r r a in d e la r é a lité 4. J u d it M a á r n e p a r le p a s d ’a u tr e s o u v r a g e s s u r r é a lis te s e t f a n ta s tiq u e s , m a is il f a u t d ire q u ’il y a b ie n d e u x re u v re s d e d e u x é c r iv a in s s u r ré a lis te s o ú le f a n ta s tiq u e j o u e u n rő le tr e s im p o r ta n t. Il s ’a g it d ’A n to n in A r ta u d e t d e M a n d ia r g u e s ; to u s d e u x m e m b r e s a c tif s d u m o u v e m e n t s u r ré a lis te . C ’e s t g r a c e á l a le c tu r e d e s p o e m e s e t d e s tr a d u c tio n s d e B a u d e la ir e e t g r a c e á l a f r é q u e n ta tio n a s s id u e d e s s u r ré a lis te s q u ’ils d é c o u v r e n t l a litté r a tu r e f a n ta s tiq u e .

A r ta u d d e v ie n t m e m b r e d u g r o u p e a u d é b u t d e s a n n é e s v in g t, il é c r it d e s p o e m e s e t d e s s c é n a rio s d e f ilm s u r ré a lis te s e t tr e s p r o c h e s d u f a n ta s tiq u e . A p r o p o s d e l ’a v e n ir d u c in é m a il é c r it e n tre a u tre s d a n s

Sorcellerie et cinéma

:

« L e c i n é m a se r a p p r o c h e r a d e p lu s e n p lu s d u f a n ta s tiq u e , c e f a n ta s tiq u e d o n t o n s ’a p e r q o it to u jo u r s p lu s q u ’il e s t e n r é a lité t o u t le r é e l, o u a lo rs il n e v iv r a p a s 5. » A r t a u d r e c o n n a it s a d e tte e n v e r s E d g a r P o e d e s 1921 : « A l ’e n c o n tr e d e ce q u ’o n p o u r r a it c r o ir e , j e n ’a i lu R im b a u d q u ’u n e fo is . [...] Q u e lle d if fé r e n c e a v e c E d g a r P o e . P e u t- o n d ire q u ’il m ’a it in f lu e n c é c e lu i- lá 6. » N o u s n e p o u v o n s p a s in d iq u e r ic i to u te l ’a m p le u r d e c e tte in f lu e n c e , la q u e lle n e se lim ite p a s á d e s th e m e s c o m m u n s ( l a p e s te , l a s u r v ie d a n s l a m o r t, l a v e n g e a n c e , le c o r p s s a n s o r g a n e s , l ’a p o c a ly p s e , e tc .), m a is s ’é te n d p a r le tr u c h e m e n t d e la p r o s e d e B a u d e la ir e , á l a p h r a s e a r ta u d ie n n e e lle - m e m e . Il f a u t n o te r q u e le d ia lo g u e d ’A r ta u d e t d e P o e é ta it é tu d ié d ’u n e m a n ie r e a p p r o f o n d ie p a r J e a n - M ic h e l R e y e t G u illa u m e F a u 7. C e p e n d a n t n o u s d e v o n s r e m a r q u e r q u ’e n n o v e m b r e 19 2 7 A r t a u d é c r it u n e le ttre á A b e l G a n c e p o u r r e v e n d iq u e r le rő le d e R o d e r ic k U s h e r d a n s

La Chute de la maison Usher

q u e v a t o u r n e r J e a n E p s te in : « J e n ’a i p a s b e a u c o u p d e p r é te n tio n s d a n s c e m o n d e m a is j ’a i c e lle s d e c o m p r e n d r e E d g a r

3 A. BRETON (1965 : 25).

4 J. MAÁR (2001 : 122-123).

5 A. ARTAUD (1978 : 67).

6 A. ARTAUD (1976 : 84).

7 J.-M. REY (1991), G. FAU (2006).

(3)

P o e e t d ’e tre m o i- m e m e u n ty p e d a n s le g e n r e d e M a itr e U sh e r. S i j e n ’a i p a s ce p e r s o n n a g e d a n s la p e a u p e r s o n n e a u m o n d e n e l ’a. J e le r é a lis e p h y s iq u e m e n t e t p s y c h iq u e m e n t8 [...] ». F in a le m e n t A r ta u d n e r e q o it p a s le r ő le d ’U s h e r, m a is d a n s le s a n n é e s v in g t il t r a d u i t

Le Palais hanté

, e t á l ’é p o q u e d e l ’in te r n e m e n t á R o d e z , il tr a d u i t l ’u n d e s p lu s b e a u x p o e m e s d e P o e :

L ’Ange Israfel.

O u tre se s d e u x tr a d u c tio n s il y a d e n o m b r e u s e s a llu s io n s á l ’re u v re d e P o e q u i r e v ie n n e n t á m a in te s r e p r is e s d a n s se s é c r its ta rd ifs . L e p lu s g r a n d tr a v a il d e tr a d u c tio n c o n c e r n e l ’re u v re d ’u n g r a n d p r é c u r s e u r d e l a litté r a tu r e f a n ta s tiq u e . A u d é b u t d e s a n n é e s tr e n te , á l ’é p o q u e o ú A r ta u d r é d ig e le s e s s a is d u

Théátre et son double

, il tr a d u i t

Le Moine

d e L e w is e n fra n q a is . L a tr a d u c tio n d ’A r ta u d n ’e s t p a s l a p r e m ie r e tr a d u c tio n , a v a n t lu i, L é o n d e W a illy a d é j á f a it u n e tr a d u c tio n litté r a le , fid e le . A r ta u d u til is a it c e tte a n c ie n n e tr a d u c tio n p o u r f a ir e d e l ’re u v re d e L e w is u n e re u v re tr e s p e r s o n n e lle e t o r ig in a le . O n n e p e u t p a s d o n c p a r le r d ’u n e tr a d u c tio n d a n s le s e n s m o d e r n e d u te r m e , m a is p lu tő t d ’u n e le c tu r e , d ’u n e in te r p r é ta tio n , d ’u n e r é é c r itu r e p a r tic u lie r e . A r ta u d a v e c c e tte le c tu r e d u r o m a n g o th iq u e a n g la is r e n d h o m m a g e á u n a u t e u r q u i é ta it c o n s id é r é c o m m e u n m a itr e n o n s e u le m e n t p a r le s s u r ré a lis te s , m a is p lu s t ő t p a r le s r o m a n tiq u e s fra n q a is a u s s i. L e liv re d e L e w is a g é n é r é u n e é n o r m e q u a n tité d e te x te s c r itiq u e s , m a is le s e u l r o m a n g o th iq u e e t s u r ré a lis te q u ’A r ta u d a it j a m a i s é c r it - m e rn e si c e n ’e s t q u ’u n e in te r p r é ta tio n p e r s o n n e lle - a r e te n u l ’a tte n tio n d ’u n s e u l s p é c ia lis te d e so n re u v re : J o n a th a n P o llo c k , a u te u r d e n o m b r e u x a r tic le s s u r A r t a u d a é c r it r é c e m m e n t u n e é tu d e a p p r o f o n d ie s u r c e tte tr a d u c tio n d ’A r ta u d e t s u r so n d ia lo g u e a v e c l a litté r a tu r e f a n ta s tiq u e 9.

L e g o ű t d e M a n d ia r g u e s c o n c e r n a n t l a litté r a tu re f a n ta s tiq u e e s t f o rt d if fé r e n t. D ’a b o r d il l it e t r e lit ( c o m m e A r ta u d ) B a u d e la ir e , M a lla rm é , R im b a u d , N e r v a l e t le s r o m a n tiq u e s a lle m a n d s . M a is p a r m i le s a u te u r s f a n ta s tiq u e s il s ’e n th o u s ia s m e s u r to u t p o u r H o ff m a n n , p o u r B a lz a c e t p o u r N o d ie r . S o n g o ű t p o u r l ’a v a n t- g a r d e litté r a ir e s ’a f f ir m e a u m ilie u d e s a n n é e s v in g t. Il l it e t c o n n a it p a r c r e u r

Nadja

d e B r e to n ,

Le Paysan de Paris

d ’A ra g o n , le s liv r e s d ’E lu a rd , d e P ie r re J e a n J o u v e e t d e M ic h a u x . Il se c o n s a c r e á l ’é c r itu r e á l a f in d e s a n n é e s tr e n te , a u d é b u t d e l a g u e r r e q u ’il p a s s e á M o n a c o . Il p r e n d l ’h a b itu d e de m é m o r is e r se s r e v e s e t d e le s n o te r m in u tie u s e m e n t. I ls s o n t u n e g r a n d e s o u r c e d ’in s p ir a tio n p o u r se s p r e m ie r s é c rits . E n 1941 il r é d ig e

Le sang de l ’agneau

q u i o u v r ir a le r e c u e il

Le Musée noir

. A p re s l a g u e r r e il r e to u r n e á P a r is e t s ’o c c u p e d e l a p u b lic a tio n d e se s p r e m ie r s liv re s . A u c o u r s d e s a n n é e s d ’a p r e s - g u e r r e il r e n c o n tre G iu s e p p e U n g a r e tti, J u lie n G ra c q , U n ic a Z ü rn , J e a n D u b u ff e t, D o r o th e a T a n n in g , J o a n M ir ó , A n d r é M a s s o n , O c ta v io P a z . E n 1 9 4 7 il d e v ie n t m e m b r e d u g r o u p e s u r ré a lis te . Il r e la te a in s i s a p r e m ie r e r e n c o n tr e a v e c A n d ré B r e to n :

8 A. ARTAUD (1978 : 129).

9

9 J. POLLOCK (2002).

(4)

[...] ce fut au marché aux puces de Saint-Ouen et c’est moi qui me présentai á lui que, de vue au moins, je connaissais fort bien, si je n’avais jamais osé l’approcher jusque-lá. Je lui avais envoyé mes livres depuis que j ’avais appris son retour en France, naturellement, et j ’eus la trés bonne surprise d’apprendre qu’il les avait lus et en avait gardé un bon souvenir.

Avant de nous quitter, aprés avoir parlé un peu de quelques beaux objets d’art polynésien qui se trouvaient sous nos yeux, André Breton m’invita á venir á la fin de l’aprés-midi, le jour que je voudrais, au café de la place Blanche oú il réunissait autour de lui ses amis10.

Il c o m m e n c e á c ő t o y e r le g r o u p e , il s ig n e q u e lq u e s m a n if e s te s , m a is il n e se r a n g e r a ja m a i s d a n s le c la n d e s s u r ré a lis te s o r th o d o x e s . E n 1 9 4 7 il re n c o n tre B o n a T ib e rte lli, u n e p e in tr e ita lie n n e , il to m b e a m o u r e u x d ’e lle e t il l ’é p o u s e d e u x a n s p lu s ta rd . B o n a f a it la c o n n a is s a n c e d ’A n d r é B r e to n , e lle e s t re q u e d a n s le s r é u n io n s d u g r o u p e s u r ré a lis te , a v e c le q u e l e lle e x p o s e r a p lu s ie u r s f o is p a r la s u ite . E lle e s t l ’in s p ir a tr ic e , a in s i q u e p lu s t ő t M e r e t O p p e n h e im d e b e a u c o u p de r é c its d e M a n d ia r g u e s .

A l ’o p p o s é d e l ’re u v re d ’A r ta u d q u i a f a it n a itr e u n n o m b r e tr é s im p o r ta n t d ’é tu d e s c r itiq u e s d e l a p a r t d e s p h ilo s o p h e s , d ’h is to r ie n s litté r a ir e s e t e s th é te s tr é s c é lé b re s á p a r tir d e s a n n é e s s o ix a n te , l ’re u v re d e M a n d ia r g u e s a e n g e n d r é tr é s p e u d ’é tu d e s . S o u v e n t se s liv r e s n e s o n t m e rn e p a s m e n tio n n é s e t c o m m e n té s d a n s le s h is to ir e s d e l a litté r a tu r e fra n q a is e . P e u t- e tr e p a r c e q u e so n re u v re e s t d if f ic ile m e n t c la s s a b le e t d é c h if fr a b le , e t c o n s titu e u n m o n d e to u t á f a it á p a r t, tr é s o r ig in a l e t tr é s á l a m a rg e d e s te n d a n c e s litté r a ir e s r é g n a n te s d e s o n é p o q u e . L a p é r io d e la p lu s p r o d u c tiv e d e l a c a r rié re d e M a n d ia r g u e s se s itu e d a n s le s a n n é e s c in q u a n te e t s o ix a n te . N ’o u b lio n s p a s q u e c ’e s t l ’é p o q u e d u N o u v e a u R o m a n e t d e se s r e c h e r c h e s f o r m a lis te s e n F ra n c e . L ’re u v re de M a n d ia r g u e s se d é m a r q u e n e t te m e n t d e s te n a n ts d u N o u v e a u R o m a n . P o u r lu i, e t p o u r q u e lq u e s a u tre s é c r iv a in s d e s o n te m p s ( p a r e x e m p le p o u r J u lie n G ra c q , o u p o u r L o u is R e n é d e s F o re ts ) l a la n g u e n ’e s t p a s v r a im e n t u n c h a m p d e r e c h e r c h e s e t d e j e u x f o rm e ls , m a is a v a n t t o u t u n e s p a c e d e s o n g e e t d e r e v e rie , d e ru s e e t d e c é lé b ra tio n , d e m e n s o n g e e t d e m y s té r e . M a n d ia r g u e s e s t tr é s é lo ig n é d e l ’é c r itu r e d e s o u v r a g e s r o m a n e s q u e s ré a lis te s , il é la b o r e u n m o n d e im a g in a ire . A s a fa q o n il c o n tr ib u e a u s s i a u r e n o u v e lle m e n t d u r o m a n , m a is e n tr a n s f o r m a n t d a v a n ta g e s a s u b s ta n c e q u e se s f o rm e s , e t e n y in tr o d u is a n t d u m e r v e ille u x . L ’im a g in a ir e s ’é ta b lit á l ’a id e d ’u n e la n g u e ric h e , tr a v a illé e , p o é tiq u e q u i s ’o p p o s e á l ’é c r itu r e p lu s n e u tr e d e s n o u v e a u x r o m a n c ie r s . L e c h o i x d e l ’im a g in a ir e e t d u f a n ta s tiq u e s e r v e n t e n tre a u tre s á p r e n d r e u n r e c u l ir o n iq u e p a r r a p p o r t a u s ié c le . P r a tiq u e m e n t to u s le s h is to r ie n s litté r a ir e s ( C a s te x , V ax , C a illo is , T o d o ro v , M a á r ) q u i s ’o c c u p e n t d e l a litté r a tu re f a n ta s tiq u e d u d ix - n e u v ié m e sié c le , d e l ’a g e d ’or, p e n s e n t q u e l ’u n e d e s s o u rc e s le s p lu s im p o r ta n te s d u f a n ta s tiq u e ré s id e d a n s u n e r é a c tio n c o n tre le r a tio n a lis m e q u a n d il d e v ie n t tr o p e n v a h is s a n t. L e c o n te f a n ta s tiq u e s ’é p a n o u it

10 A. PIEYRE DE MANDIARGUES (2009 : 38).

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en Francé au dix-neuvieme siecle en pleine période de croissance économique et de développement scientifique. Les auteurs fantastiques classiques font souvent de leurs reuvres des machines de guerre contre le rationalisme, le positivisme, le scientisme. Je crois que ce phénomene de réaction est encore plus net au vingtieme siecle et ce sont d ’abord et surtout les surréalistes qui se révoltent contre la connaissance claire de la raison, contre le rationalisme étouffant et qui ont une curiosité accrue pour les phénomenes de psychiatrie, de psychanalyse. Je pense que chez Mandiargues le choix du fantastique s ’explique entre autres par ce refus du rationalisme dominant, par un détachement volontaire face á un monde qui est devenu trop « civilisé » et par une curiosité pour les phénomenes de la psychologie et de la psychanalyse. Une autre source du fantastique est á chercher parfois selon Henri Bennac dans le trouble intérieur de la conscience de l ’écrivain « qui provoque en lui des cauchemars, des visions, parfois liés á sa croyance en l ’irrationnel. Nodier traumatisé par les massacres de la Révolution, Poe enclin á l’alcoolisme, Maupassant marqué par la débacle de 1870, sont quelques exemples d ’auteurs d ’une forte sensibilité qui se liberent ainsi de leurs angoisses

11

. » Selon moi, cette explication est un peu trop généralisante, simpliste et pas tout á fait pertinente. En tout cas elle n ’est pas valable pour les auteurs fantastiques modernes et surréalistes pour qui l ’introduction de l ’irrationnel, de l ’insolite, du merveilleux, du mystérieux est le choix d ’un programme esthétique, donc un choix volontaire et conscient. Un trouble psychique intérieur (Artaud) n ’explique pas seul l ’amour du fantastique, on peut admettre cependant qu ’une forte sensibilité et un goűt pour l’irrationnel sont nécessaires pour qu’il puisse naitre.

Pour comprendre m ieux le fantastique chez Mandiargues il faut connaitre ses précurseurs, ses maitres. Plus que n ’importe quel auteur fantastique, Charles Nodier (dont les livres sont les lectures préférées de Mandiargues) et son monde particulier nous aident á nous approcher du monde et de la sensibilité de notre auteur. Mandiargues reconnait sa dette envers Nodier dans un court écrit autobiographique, intitulé Autoportrait :

Le soleil des loups, comme vous savez, dans un argot assez vieux pour étre presque oublié, c’est la lune ; autrement dit le moteur des eaux dans la marée. On pourrait comparer avec fruit les sources profondes et l’aboutissement fantastique de ces récits et de plusieurs de mes poemes avec ceux de divers contes et roman de Nodier, spécialement La Fée aux miettes, dont il a été donné une explication psychanalytique de théme incestueux, qui est aussi éblouissante que le commentaire de Freud á la Gradiva de Jensen.

La Fée aux miettes, roman capital de la littérature fantastique en notre langue, est déplorablement ignoré de nos contemporains12.

L’analyse psychanalytique des récits de Mandiargues et la comparaison de ses récits avec ceux de Nodier débordent les cadres étroits de cette étude courte,

11 H. BENNAC (1988 : 190).

12

12 A. PIEYRE DE MANDIARGUES (2009 : 81).

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mais le choix de Nodier n ’est pas seulement intéressant du point de vue de la psychanalyse. Il était en avance sur son temps non seulement á cause de ses récits de profondeur psychologique, mais aussi á cause de ses écrits théoriques trés modernes sur la littérature fantastique. Il est l ’auteur de l ’ouvrage Du fantastique en littérature et du livre Le pays des réves. Il pense, comme Hoffmann, que l ’essentiel du fantastique est une expérience intérieure et pas l ’utilisation des clichés et des outils spectaculaires et extérieurs. Selon lui, une histoire fantastique perd de son effet magique si elle se limite seulement á nous distraire á l’aide de quelques sentiments superficiels. Elle doit toucher le creur, son effet doit naitre dans l’ame. Dans Le Pays des réves il étudie la nature et le fonctionnement des réves. Il pense comme plus tard Freud et la plupart des surréalistes que notre personnalité se manifeste plus intégralement en état de réve qu’en état de veille, dans nos actions et dans nos pensées. Au dix-neuviéme siécle les auteurs fantastiques avaient parfois un autre but aussi : une volonté édifiante, moralisatrice. Le trouble qui nait du récit fantastique doit ramener le lecteur dans la droite ligne du « bien ». A l ’époque le lien est encore trés étroit entre fantastique et sens du péché. Cette volonté moralisatrice est totalement absente des récits de Nodier et de Mandiargues.

Roger Bozzetto, spécialiste de la littérature fantastique du vingtiéme siécle voit dans certains récits brefs fantastiques l ’influence du roman gothique anglais, et en parlant du fantastique chez Mandiargues il utilise le terme de gothique surréaliste. Il analyse le récit peut-étre le plus saisissant de l ’écrivain, intitulé Clorinde. Un personnage sans nom raconte une histoire au narrateur qui le rapporte. Le héros victime est d ’abord présenté dans son abattement, par une voix o ff qui le tutoie et qui le montre attendant la mort en se saoulant de rhum, puisque aprés son aventure sa vie est devenue pitoyable. Un jour, parti dans le bois d ’automne á la recherche des champignons, il a rencontré, un objet qui rappelait un chateau. Mais il s’agit d ’un vrai chateau miniature que le personnage arrache au sol. Il en surgit, pris d ’abord pour un insecte, un chevalier armé, dans une armure aux reflets d ’or, qui de sa grande épée attaque la main du géant. Mais un mouvement brusque le fait basculer par dessus les remparts et tom ber au sol sur le dos. Avec le projet de l ’aider, le personnage ouvre la cuirasse et se sidére en reconnaissant une belle guerriére. Il en défait le harnachement et la m et á nu aprés l ’avoir attachée avec un fil de coton de son habit, pour éviter qu’elle ne s ’enfuie. Cette scéne de gullivérisation est centrale, elle attise le désir comme son impossible assouvissement, tant la disproportion est grande entre les deux corps. Le personnage sent, caresse, effleure la guerriére. Mais en vain. Afin de « donner une issue á son désir » il s ’en va dans la forét « étreignant les troncs des pins, roulant au fond des fossés, baisant la terre crue » et revient « souillé de boue et de débris végétaux » vers celle dont il pensait qu ’elle lui appartenait. Il ne reste plus d ’elle qu’ « une éclaboussure de sang frais13 » signe qu’un oiseau de proie l’a sans doute emportée, et le petit

1313 A. PIEYRE DE MANDIARGUES (2009 : 320).

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h e a u m e s e u le r e liq u e d e l ’a v e n tu r e d o n t le s o u v e n ir c o n tin u e d e le h a n te r , e t d e l a d é tru ire . B o z z e tto a f f ir m e q u e c e r é c it d ’u n e r e n c o n tr e d u d é s ir e t d e s o n o b je t, m e r v e ille u x m a is in s a is is s a b le , se d é p lo ie s u r l ’u n iv e r s c u ltu r e l d u r o m a n g o th iq u e . S e lo n lu i, c o m m e d a n s le s te x te s f o n d a te u r s (

Le Cháteau d ’Otrante

d e W a lp o le e t

Le Moine

d e L e w is ) C lo rin d e m e t e n p la c e u n s c é n a rio o ú e n tre le d é s ir, l a m o r t, le d e u il im p o s s ib le e t l a m é la n c o lie q u i s o n t d e s s e n tim e n ts o m n ip r é s e n ts d a n s le s ro m a n s g o th iq u e s 14. C o m m e d a n s le p r e m i e r r o m a n g o th iq u e le c h á te a u e s t p r é s e n t d a n s

Clorinde.

C h e z W a lp o le le c h á te a u a u n e s ig n if ic a tio n s y m b o liq u e , il in c a r n e l a p e u r, l ’é tra n g e té . L e c h á te a u d e v ie n t p a r la s u ite u n m o t i f e t u n a c c e s s o ir e tr é s p o p u la ir e d a n s le s r é c its g o th iq u e s e t f a n ta s tiq u e s , il d e v ie n t p r e s q u e u n lie u c o m m u n . U n c h á te a u m é d ié v a l a v e c u n e t o u r d é s e r te , u n e c h a m b r e h a n té e , q u i d a n s so n e n s e m b le e s t a p te á g la c e r le s a n g d e s p e r s o n n a g e s p r in c ip a u x e s t u n e n d r o it r é c u r r e n t d e s c o n te s f a n ta s tiq u e s . B o z z e tto é tu d ie s e u le m e n t

Clorinde,

m a is il f a u t r e m a r q u e r q u e le c h á te a u c o m m e lie u d e d é s ir, d e te n ta tio n , d e m o r t, d e c a u c h e m a r r e v ie n t á p lu s ie u r s r e p r is e s d a n s le s r é c its d e M a n d ia r g u e s , p a r e x e m p le d a n s le c o n te f a n ta s tiq u e in titu lé

Le Pont

. D a n s c e ré c it, D a m ie n , je u n e h o m m e á l a s a n té fra g ile , se p r o m é n e s o u v e n t d a n s u n e f o r e t p r o f o n d e o ú il c o n te m p le u n e p a s s e r e lle d é la b r é e . U n jo u r , s a r e v e rie e s t tr o u b lé e p a r u n e p r é s e n c e : c ’e s t u n e fe m m e q u i lu i a p p a r a it. A y a n t a p p r is q u ’e lle e s t l ’é p o u s e d u c h á te la in d e H u r, il r ő d e a u to u r d u c h á te a u p o u r l a re tr o u v e r . L a r e n c o n tre a lie u . E lle e s t s u iv ie p a r u n e e n v o ű ta n te n u it d ’a m o u r d a n s u n e c h a m b r e m y s té r ie u s e « s a n s a u tre lu m ié r e q u e d ’u n f e u a u p ié tin e m e n t d e c o q s o u s le m a n te a u s o y e u x d e l a c h e m in é e 15. » M a is a u m a tin , D a m ie n f e r a l a c o n n a is s a n c e d u v ie il é p o u x d e l a je u n e f e m m e , M o n s ie u r d e H u r, le q u e l p e u a p r é s , á l ’is s u e d ’u n e é tr a n g e p a r tie de c h a s s e , s e m b le r a r a je u n i ta n d is q u e D a m ie n d é c o u v r ira , e n p o r ta n t u n m o u c h o ir á s e s lé v re s , q u ’il c r a c h e d u sa n g . B o z z e tto s o u lig n e q u e d a n s

Clorinde

e t d a n s

Le Cháteau d ’Otrante

c e q u i d e m e u r e c ’e s t la p r é s e n c e o b s é d a n te d e l a p e rte . T h é o d o r e p e r d c e lle q u ’e lle a im e , l a fille d e M a n fr e d . L e p e r s o n n a g e p r in c ip a l d e

Clorinde

p e r d c e lle q u i l ’a e n s o rc e lé . D a n s le s d e u x c a s l ’o b je t d u d é s ir d e m e u r e in a c c e s s ib le , r e s te l ’im p o s s ib le d e u il e t l a m é la n c o lie . Il y a u n e a ffin ité e n tre

Clorinde

e t

Le Moine

a u s s i. L e p r e tr e A m b r o s io n ’h é s ite p a s p o u r p o s s é d e r A n to n ia , l ’o b je t d e s o n d é s ir, á l a v io le r d a n s u n c im e tié r e s o u te r r a in a v a n t d e l ’a s s a s s in e r. F a s c in a tio n e t v io le n c e tr é s p r é s e n te s d a n s le s d e u x te x te s . Je p e n s e q u ’o n p e u t a d m e ttre l ’h y p o th é s e d e B o z z e tto s e lo n la q u e lle il e x is te u n e p a r e n té e n tre le s p r e m ie r s te x te s g o th iq u e s e t le s ré c its d e M a n d ia r g u e s . M a is il f a u t s o u lig n e r q u ’il y a s o u v e n t p lu s ie u r s le c tu r e s p o s s ib le s , s u r to u t s ’il s ’a g it d e s te x te s é r o tiq u e s , f a s c in a n ts , p o ig n a n ts . O n p e u t fa ire p a r e x e m p le l ’e x p lic a tio n p s y c h a n a ly tiq u e d e

Clorinde

e t d u r é c it in titu lé

Le Pont

. M a n d ia r g u e s n e p a r le p a s d a n s s o n

Autoportrait

d e l ’in f lu e n c e d u r o m a n g o th iq u e , m a is il é c r it de l ’in f lu e n c e d e l a litté r a tu r e ja p o n a is e s u r s o n re u v re e t d u c a r a c té r e é r o tiq u e d e

14 R. BOZZETTO (2003).

15 A. PIEYRE DE MANDIARGUES (2009 : 265).

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ses écrits. Il appelle les récits fantastiques de Soleil des loups « contes lunaires » qui ne sont jam ais « exempts d ’érotisme ni merne de quelque sadomasochisme, ce qui les rend encore plus proches du jeu subtil des narrateurs et des artistes japonais. Le plus réussi d ’entre eux peut-etre, le plus b ref en tout cas, Clorinde, avec la nudité désespérément provocante de sa minuscule héroine, sa panoplie de casque, cuirasse, épée en miniature, pourrait etre compris comme un hommage a Utamaro16. »

A la place du terme de « gothique surréaliste » de Bozzetto, j ’emploierais plus volontiers pour caractériser les récits fantastiques de Mandiargues le terme de « fantastique surréaliste ». Dans ses récits fantastiques, Mandiargues se situe dans la mouvance du surréalisme d ’abord par le biais du paratexte, constitué des épigraphes et des dédicaces de son premier recueil de nouvelles Le Musée noir.

On peut y remarquer que tous les récits sont soit dédiés a des figures de ce mouvement comme Léonor Fini, Georges Hugnet ou Paul Eluard, soit contiennent des épigraphes empruntés a André Breton, Philippe Soupault ou Salvador Dali. Mandiargues définit la tonalité de ses propres nouvelles dans l ’avant texte : il insiste sur la présence d ’un en-deqá, ou d ’un au-delá, des apparences, sur la présence des lieux, de situations qui créent « une atmosphére : un climat propice á la transfiguration des phénoménes sensibles17 ». Il insiste, en bon surréaliste, sur ce qui en découle á savoir : « l ’envahissement de la réalité par le merveilleux qui surgit d ’un pays trés vaste, oú le témoin, assez habile pour observer sans faire fuir trop d ’attention les éléments fantasmatiques pourra se promener avec fruit18. » Situant ses attentes dans le domaine de la réalité, et de ses transfiguration lors de sa rencontre avec le merveilleux, le récit de Mandiargues se situe ailleurs que dans la thématique du fantastique habituel. Les thémes les plus importants et les plus fréquents des contes fantastiques du dix- neuviéme siécle sont : le pacte avec le démon, la mort personnifiée apparaissant au milieu des vivants, les vampires, la statue qui s’anime, la malédiction de sorciers, la femme-fantőme, l ’arret du temps, le théme du double, l ’interversion des domaines du reve et de la réalité. Le fantastique de Mandiargues ne s ’appuie pas sur ses figures habituelles du vampire ou du double. Ses récits semblent relever de la variation thématique autour de ce qui est á la fois central chez les surréalistes, et présent dans beaucoup de récits fantastiques - indépendamment des figures classiquement convoquées - á savoir la rencontre, la coincidence ou le hasard objectif. Dans Le passage Pommeray le narrateur erre d ’abord dans les rues de Nantes, puis dans le passage, sans but précis mais en favorisant un état de disponibilité au hasard objectif, un des exercices favoris des surréalistes.

C ’est au cours de cette errance q u ’apparait soudain une jeune femme belle, mystérieuse, tentatrice qu ’il va suivre et qui va le conduire dans un appartement oú il se transform era en « homme-caiman ». Cette rencontre évoque la rencontre

16 A. PIEYRE DE MANDIARGUES (1979 : couverture du livre).

17 A. PIEYRE DE MANDIARGUES (2009 : 156).

18 A. PIEYRE DE MANDIARGUES (2009 : 157).

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a v e c N a d ja , e t r e n d h o m m a g e á B r e to n e t á l ’a u te u r d e

Paysan de Paris

. Il f a u t s o u lig n e r q u e c h e z M a n d ia r g u e s il n e s ’a g it ja m a i s d e n ’im p o r te q u e lle r e n c o n tre . E lle e s t to u jo u r s lié e a u d é s ir, á l a tr a n s g r e s s io n e t á l a m o r t. D a n s le s r é c its d e M a n d ia r g u e s il y a to u jo u r s u n e r e n c o n tre ( s o u v e n t f a ta le ) a v e c u n e fe m m e te n ta tr ic e e t s é d u c tr ic e p a r c e q u ’in n o c e n te e t p u r e , o u te n ta tr ic e e t s é d u c tr ic e p a r c e q u e m a lé f iq u e e t s o r c ié r e . C e rte s , le s p r e m ie r s te x te s f a n ta s tiq u e s o n t d é j á in a u g u r é c e ty p e d e r e n c o n tre . T o d o ro v é v o q u e c e s r e n c o n tr e s d a n s le c h a p itr e

Les themes du tu

d a n s s o n

Introduction a la littérature fantastique

:

Le point de départ de ce second réseau reste le désir sexuel. La littérature fantastique s’attache á décrire particuliérement ses formes excessives ainsi que ses différentes transformations ou, si l’on veut perversions. Une place á part doit étre faite á la cruauté et á la violence, mérne si leur relation avec le désir est de soi hors de doute. De méme, les préoccupations concernant la mort, la vie aprés la mort, les cadavres et le vampirisme, sont liées au théme de l’amour19.

L e s e x e m p le s le s p lu s c o n n u s e t le s p lu s r é v é la te u r s d u d é s ir s e x u e l e x c e s s if s o n t

Le Moine

d e L e w is e t

La morte amoureuse

d e G a u tie r. L ’a s p e c t f a n ta s m a tiq u e o u é r o tiq u e , c o m m e d a n s

Le Moine

j o u e á p le in d a n s le s r é c its d e M a n d ia r g u e s , m a is c e t a s p e c t e s t s o u v e n t h y p e r b o lis é p a r le c h o ix d u p e r s o n n a g e fé m in in . E n g é n é r a l le p e r s o n n a g e f é m in in n ’e s t p lu s u n e v ic tim e c o m m e J u s tin e d e S a d e , m a is u n e m a n ip u la tr ic e p e r v e r s e m e n t c a n d id e . L e s c h e m in s q u ’e m p r u n te le d é s ir s o n t re d o u b lé s . L e s a m o u r s e x tré m e s o u f a n ta s tiq u e s d e M a n d ia r g u e s a b o u tis s e n t á u n a u - d e lá d u p e n s a b le , á la jo u is s a n c e in d ic ib le e t á l a m o rt. D a n s

Le passage Pommeray

l ’a v e n tu r e f a it d u c u r ie u x p a s s a n t u n e v ic tim e m u tilé e , u n h o m m e - c a ím a n , a p r é s q u ’il a e u a c c e p té l a v io le n c e d u d é s ir d e l ’a u tre e t e n a tir é jo u is s a n c e . M a is c e q u i d is tin g u e á m o n a v is le s ré c its d e M a n d ia r g u e s d e s r o m a n s g o th iq u e s e t d e s c o n te s f a n ta s tiq u e s tr a d itio n n e ls , e t ce q u i le s r e n d p r o c h e d u s u r ré a lis m e , e t á la f o is tr é s p e r s o n n e l e t m o d e r n e , c ’e s t so n id o la tr ie d e la f e m m e . S e s r é c its f a n ta s tiq u e s n e s o n t p a s « s e u le m e n t » é r o tiq u e s , c e s o n t d e v é r ita b le s h y m n e s á l a f e m m e , á l a b e a u té d e s f e m m e s e t á l a c o m p le x ité d e le u r a m e . L e s p o r tr a its q u ’il d e s s in e d e se s h é r o ín e s s o n t c a r a c té r is é s p a r u n e a n a ly s e p s y c h o lo g iq u e tré s f o u illé e e t le s d e s c r ip tio n s d u p h y s iq u e p a r u n e im a g in a tio n , e t u n e s e n s ib ilité s a n s f re in . M a n d ia r g u e s d é c r it p a r e x e m p le d ’u n e m a n ié r e tr é s d é ta illé e l a c h e v e lu r e d e se s h é r o ín e s q u i s y m b o lis e l a f é m in ité o u la s e x u a lité c o m m e d a n s

Nuit rhénane

d ’A p o llin a ir e . M a rc e lin e C a ín , le p e r s o n n a g e p r in c ip a l d u

Sang de l ’agneau

a p a r e x e m p le

« u n e tr é s g r a n d e c h e v e lu r e lib r e , g r is e a v e c d e s r e f le ts r o u g e s c o m m e d u b r o u illa r d d ’u s in e f lo tta n t á l a tr a in e d e r r ié r e le c o u m a ig r e b o s s e lé de g a n g lio n s 20. » S u r l a b e lle in c o n n u e , r e n c o n tr é e d a n s le p a s s a g e P o m m e r a y il

1919 T. TODOROV (1970 : 146).

2020 A. PIEYRE DE MANDIARGUES (2009 : 158).

(10)

é c r it : « D e c e tte f e m m e , j e n e v is d ’a b o r d q u e l ’im m e n s e c h e v e lu r e m o u v a n te , te lle m e n t n o ir e e t te lle m e n t m a te q u e c ’é ta it c o m m e u n p lu m a g e d e s u ie flo tta n t, a u - d e s s u s d ’u n d ő m e d e c r a ie , s u r le s s o u f fle s in d é c is d ’u n e n u it d e p le in e lu n e21 ». L a fe m m e n ’e s t p a s s e u le m e n t p o r te u s e d e m o r t, s ö r e ié r e o u f e m m e - f a n tő m e c o m m e d a n s l a p lu p a r t d e s r é c its f a n ta s tiq u e s d u d ix - n e u v ié m e s ié c le , la r e n c o n tr e a v e c l a fe m m e e s t to u jo u r s u n m o m e n t m a g iq u e q u i p r o v o q u e u n e r u p tu re d a n s la g r is a ille q u o tid ie n n e . A l ’im a g e d e N a d ja , l a fe m m e f a it to m b e r l a f r o n tié r e e n tre le r é e l e t l ’im a g in a ir e , e lle e s t u n m é d iu m , s e n s ib le a l a r é a lité c a c h é e q u i liv r e r a p e u t é tre a l ’h o m m e le s c le f s d u m y s té r e d e l ’e x is te n c e .

C ’e s t l ’id o la tr ie d e l a fe m m e q u i a in s p ir é a M a n d ia r g u e s s e s p lu s b e a u x r é c its f a n ta s tiq u e s e t s u r ré a lis te s , c o m m e

Clorinde

,

Le sang de l ’agneau

,

La Pont

,

Le passage Pommeray

o u

L ’Opéra des falaises

o ú il m o n tr e u n e s e n s ib ilité q u i lu i p e r m e tte n t d ’a l le r a u s s i lo in q u e p o s s ib le d a n s l ’in tim ité d e l ’a u tre , a u m o m e n t d e l ’in itia tio n a m o u r e u s e , a v e c c e q u ’e lle s u p p o s e d e r é v é la tio n , d e tr o u b le e t d e c r u a u té . M a lg ré u n s ty le r e c h e r c h é , p r é c ie u x e t u n u n iv e r s tr é s p e r s o n n e l, p a r l ’e x a lta tio n d e l ’é r o tis m e e t p a r l a c é lé b r a tio n d e l a f e m m e , le m o n d e im a g in a ir e d e M a n d ia r g u e s s ’a p p r o c h e d e l a p o é s ie s u r ré a lis te . L e f a n ta s tiq u e e t l ’é r o tis m e s o n t le s c o n s ta n te s d e s o n in s p ir a tio n , e n c o n s titu e n t l ’é v id e n te m o d e r n ité e t f o n t d e lu i le c r é a te u r d ’u n g e n r e s in g u lie r e t u n iq u e , c e lu i d u r é c it f a n ta s tiq u e s u r ré a lis te .

B I B L I O G R A P H I E :

A R T A U D A n to n in (1 9 7 6 ) :

uvres Completes

, to m e I. P a r is , G a llim a rd . A R T A U D A n to n in (1 9 7 8 ) :

uvres Completes

, to m e III. P a r is , G a llim a rd . B E N N A C H e n r i (1 9 8 8 ) :

Guide des idées littéraires

. P a ris , H a c h e tte .

B O Z Z E T T O R o g e r,

André Pieyre de Mandiargues : Clorinde ou le retour du gothique chez un surréaliste

.

h ttp ://s ite s .u n iv - p r o v e n c e .f r /w c te l/c o u r s /b o z z e tto /p a g e s /s u r r e a li .h tm B R E T O N A n d r é (1 9 6 5 ) :

Manifestes du surréalisme

. P a r is , G a llim a rd .

F A U G u illa u m e (2 0 0 6 ) : « A r ta u d e t P o e : tr a d u c tio n e t th é a tr e d e l a c r u a u té »,

Revue de la BNF

, 2 2 .

M A Á R J u d it (2 0 0 1 ) :

A fantasztikus irodalom

. B u d a p e s t, O s iris .

M A N D I A R G U E S A n d r é P ie y r e d e ( 2 0 0 9 ) :

Récits érotiques et fantastiques

. P a r is , G a llim a rd .

M A N D I A R G U E S A n d r é P ie y r e d e (1 9 7 9 ) :

Soleil des loups

. P a r is , G a llim a rd . P O L L O C K J o n a th a n ( 2 0 0 2 ) :

Le Moine (de Lewis) d ’Antonin Artaud

. P a ris ,

G a llim a rd .

R E Y J e a n - M ic h e l ( 1 9 9 1 ) :

La naissance de la poésie, Antonin Artaud

. P a ris , M é ta ilié .

T O D O R O V T z v e ta n (1 9 7 0 ) :

Introduction a la littérature fantastique

. P a ris, S eu il.

21

21 A. PIEYRE DE MANDIARGUES (2009 : 195).

(11)

Hivatkozások

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