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Les Visages de la Francophonie

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LES VISAGES DE LA FRANCOPHONIE

Margit VÁGÁSI

Aujourd’hui la langue frangaise n’est plus la propriété de la Francé, elle est devenue une affaire mondiale (C. Hagege)

I. Le changement de la position de la langue frangaise au cours du XXe siecle

Il y a plus de deux siecles (1784) qu’A. de Rivarol, écrivain et moraliste frangais, a gagné le concours de l’Académie des sciences et lettres de Berlin avec son Discours sur l ’universalité de la langue frangaise. En comparant le frangais aux autres langues, il insistait sur le génie, les qualités (ordre naturel, clarté : « ce qui n ’est pas clair, n ’est pas frangais ») et sur l ’universalité de la langue frangaise. Pour la fin du XVIIe siecle, le frangais est devenu une langue raffinée, équilibrée, représentant á la fois l ’unité nationale et la langue nationale unique grace á quoi la France a été considérée comme modele par de nombreux pays européens.

A l ’époque de la révolution, la langue frangaise incarnait le pouvoir et l ’élégance tout en servant á proclamer l ’esprit de la liberté, de la fraternité et de l ’égalité. Des souverains, philosophes, savants (comte Ferenc Rákóczi parmi d ’autres) ont écrit leurs reuvres et s ’entretenaient en frangais.

Au XVIIIe siecle, la langue frangaise fonctionnait comme moyen de communication des élites européennes. Napoléon avait encore augmenté la popularité de cette langue, mais apres Waterloo sa position s ’est mise á changer.

Bien que le traité de paix de Vienne se soit formulé en frangais, il a été déclaré que l ’usage de cette langue ne serait pas dorénavant important (Bárdosi - Karakai, 2008 : 207).

Au cours du XIXe siecle, grace á l ’activité colonisatrice et missionnaire de la France, la langue et la culture frangaises se sont considérablement répandues en Afrique (Algérie, Tunisie, Tchad, Gabon) et dans les íles de l ’océan Pacifique (Nouvelle-Calédonie, Polynésie Frangaise).

Le X X e siecle n ’était plus celui de la langue frangaise. Apres la premiere,

mais surtout apres la deuxieme guerre mondiale, le frangais perdit

continuellement son ancienne position non seulement en Europe, mais aussi sur

d ’autres continents. Au début du siecle, l ’Angleterre est devenue un grand

pouvoir industriel et colonisateur, et les États-Unis avaient aussi un rőle

(2)

p o litiq u e e t é c o n o m iq u e d e p lu s e n p lu s g r a n d is s a n t e n E u ro p e . A p re s la d e u x ie m e g u e r r e m o n d ia le , l ’e x p a n s io n d e l a la n g u e a n g la is e s ’e s t a c c é lé ré e d ’u n e fa q o n p a r tic u lie r e d a n s d e s d o m a in e s é c o n o m iq u e , f in a n c ie r , s c ie n tifiq u e e t d ip lo m a tiq u e . C e p r o c e s s u s a é té a p p a r e m m e n t illu s tr é p a r le s r é s u lta ts d u s o n d a g e d e l ’U N E S C O e n 1 9 6 3 , s e lo n le s q u e ls 6 0 % d e s p u b lic a tio n s s c ie n tif iq u e s se f a is a ie n t e n a n g la is , 11 % e n r u s s e , 1 1 % e n a l le m a n d e t s e u le m e n t 9 % se f a is a ie n t e n la n g u e f ra n q a is e ( B á r d o s i - K a r a k a i, 2 0 0 8 : 2 0 7 ­ 2 0 9 ).

A l a f in d u X X e s ie c le , l ’a n g la is e s t d e v e n u la p r e m ie r e e t s o u v e n t l ’u n iq u e la n g u e é tra n g e r e d a n s l ’e n s e ig n e m e n t s c o la ire d e n o m b r e u x p a y s . L e s je u n e s e u r o p é e n s o n t c h o is i s a n s h é s ite r l ’a n g la is p o u r d e d if f é r e n te s r a is o n s : la m o d e r n ité , l ’a m b itio n p r o f e s s io n n e lle , l a v o lo n té p a r e n ta le , e tc . L a d o m in a n c e d e l ’a n g la is a m é r ic a in a c o n n u u n r e n f o r c e m e n t im p o r ta n t d ’a n n é e e n a n n é e e n E u r o p e c o m m e d a n s d ’a u tr e s c o in s d u m o n d e . L ’a n g la is d o m in e d ’u n e m a n ie r e é c r a s a n te le s d o m a in e s le s p lu s im p o r ta n ts d e s s o c ié té s : d ip lo m a tie in te r n a tio n a le , r e la tio n s c o m m e r c ia le s , e n tr e p r is e s m u ltin a tio n a le s , r e c h e r c h e s s c ie n tif iq u e s , s e c te u r a u d io - v is u e l, to u r is m e , e tc . t o u t e n é c a r ta n t le s g r a n d e s la n g u e s n a tio n a le s p r e s tig ie u s e s .

L e s F ra n q a is s u p p o r ta ie n t tr e s m a l le d é tr ő n e m e n t d e le u r la n g u e , le p a s s a g e d e « d o m in a n te » á « d o m in é e » a in s i q u e l ’in v a s io n d e s a n g lic is m e s d a n s la la n g u e d e L a m a r tin e , V ic to r H u g o , e tc . B ie n q u e le f ra n q a is a it é té re lé g u é a u s e c o n d p la n , il e s t r e s té la n g u e o f fic ie lle d a n s d e n o m b r e u s e s o r g a n is a tio n s in te r n a tio n a le s ( p a r ex . l ’U E , l ’O N U , l ’U N E S C O , l ’O T A N , e tc .) á c ő té d e l ’a n g la is .

L e g o u v e r n e m e n t f ra n q a is a f a it d e s e f f o rts c o n s id é r a b le s e n f a v e u r d e la c o n s e r v a tio n d e l a p o s itio n d e s a la n g u e d a n s l ’U n io n e u r o p é e n n e e t d a n s le s in s titu tio n s d e c e lle -c i. L ’u s a g e d e s la n g u e s e s t r é g le m e n té p a r d é c r e t, s e lo n le q u e l l a la n g u e d e c h a q u e é ta t- m e m b r e e s t c o n s id é r é e c o m m e la n g u e o f fic ie lle e t c e lle d u tr a v a il, l ’E u ro p e s ’e s t e n g a g é e p o u r le m u ltilin g u is m e e t l a d iv e rs ité c u ltu r e lle . D e p u is le 1er j a n v i e r 2 0 0 7 , l ’U n io n e u r o p é e n n e p o s s e d e 2 7 é ta ts - m e m b r e s a v e c 23 la n g u e s o f fic ie lle s . L e s r e g le s j u r id iq u e s d e s in s titu tio n s s o n t tr a d u ite s d a n s to u te s le s la n g u e s o f f ic ie lle s e t to u t c ito y e n e u r o p é e n a le d r o it d ’u tilis e r s a p r o p r e la n g u e q u a n d il s ’a d r e s s e a u x in s titu tio n s . M a is to u te s le s r é s o lu tio n s n e s o n t p a s tr a d u ite s d a n s c h a q u e la n g u e o f fic ie lle p a r c e q u e c e la r e p r é s e n te r a it d e s f ra is é n o r m e s q u i m e n a c e r a it le f o n c tio n n e m e n t d e l ’U n io n e u r o p é e n n e . A in s i c e r ta in e s la n g u e s s o n t « p lu s o f f ic ie lle s » q u e d ’a u tre s , d ite s d e p r e m ie r e im p o r ta n c e d a n s le s q u e lle s s o n t r é d ig é e s le s p r o c é d u r e s q u e le s in s titu tio n s d o iv e n t m e n e r ; c e s la n g u e s s o n t l ’a n g la is , le f ra n q a is e t l ’a lle m a n d .

S u r 4 7 5 m illio n s d ’h a b ita n ts d e l ’U n io n e u r o p é e n n e á p e u p r e s 100 m illio n s d e p e r s o n n e s o n t l ’a lle m a n d c o m m e la n g u e m a te r n e lle , ta n d is q u e l ’a n g la is , l ’ita lie n e t le fra n q a is , s o n t p a r lé s e n ta n t q u e la n g u e m a te r n e lle p a r e n v ir o n 60 m illio n s d e p e r s o n n e s . C o m m e la n g u e é tr a n g e r e , c ’e s t l ’a n g la is q u i o c c u p e la p r e m ie r e p la c e p a r m i le s a p p r e n a n ts ; o n p e u t d ire q u ’u n tie r s d e s c ito y e n s e u r o p é e n s c o m m u n iq u e n t e n la n g u e a n g la is e . L e s E u r o p é e n s p a r la n t fra n q a is

(3)

r e p r é s e n te n t 1 0 % d e l a p o p u la tio n , c ’e s t le m e m e p o u r c e n ta g e p o u r c e u x p a r la n t l ’a lle m a n d .

O n p e u t c o n s ta te r q u e la

lingua franca

d e l ’E u ro p e p r o c la m a n t le m u ltilin g u is m e e t le m u ltic u ltu r a lis m e e s t l ’a n g la is . Il s ’a g it d ’u n a n g la is s im p lif ié , g lo b a l, d it a u s s i

anglais américain

q u i a v e c 1 5 0 0 m o ts e t u n e g r a m m a ir e r é d u ite p e r m e t l a c o m m u n ic a tio n , le s n é g o c ia tio n s , ta n t p o u r le s h o m m e s d ’a f f a ir e s q u e p o u r le s to u r is te s . L ’im p o r ta n c e d ’u n m o y e n d e c o m m u n ic a tio n c o m m u n e s t in c o n te s ta b le , e t c e la s a n s v o u lo ir é c a r te r le s g r a n d e s la n g u e s n a tio n a le s c o m m e le f r a n ? a is , l ’a lle m a n d o u l ’a n g la is s o u te n u .

E n v u e d e l a d é f e n s e e t d e l ’e x p a n s io n d e l a la n g u e e t c u ltu r e f ra n ? a is e s , c o m p te te n u d e l a h a u s s e d u n o m b r e d e s f r a n c o p h o n e s e t d e s f r a n c o p h ile s d a n s le m o n d e , d e l ’a m é lio r a tio n d e q u a lité d e l ’e n s e ig n e m e n t d u f r a n ? a is la n g u e é tra n g e r e , a u m il ie u d u X X e s ie c le s ’e s t c r é é u n m o u v e m e n t in te r n a tio n a l n o m m é

francophonie

.

II. L’histoire et l’interprétation du terme

fr a n c o p h o n ie

L e m o t

francophonie

a é té m e n tio n n é p o u r la p r e m ie r e f o is p a r O n é s im e R e c lu s ( 1 8 3 7 - 1 9 1 6 ) , g é o g r a p h e f r a n ? a is p e n d a n t l a T ro is ie m e R é p u b liq u e . E n é t u d ia n t le s c o n d itio n s g é o g r a p h iq u e s d e l a F ra n c e e t d e l ’A fr iq u e d u N o r d , il a e u l ’in te n tio n d e p u b lie r d e s a tla s e t o u v r a g e s g é o g r a p h iq u e s . C ’e s t a lo r s q u ’il lu i e s t v e n u « l ’id é e d e c la s s e r le s h a b ita n ts d e la p la n e te e n f o n c tio n d e l a la n g u e q u ’ils p a r le n t d a n s le u r s f a m ille s o u d a n s le u rs r e la tio n s s o c ia le s ». ( D e n ia u , 1 9 9 2 : 12) L ’in itia tiv e d e R e c lu s f u t e n tie r e m e n t n o v a tr ic e á l ’é p o q u e o ú le c la s s e m e n t d e s p e u p le s r e p o s a it s u r d e s c r ite r e s c o m m e l ’e th n ie , l a r a c e , la s itu a tio n s o c ia le o u é c o n o m iq u e .

D a n s l ’in te r p r é ta tio n d e R e c lu s , l a

francophonie

d é s ig n a it l ’e n s e m b le d e s p o p u la tio n s p a r la n t f ra n ? a is . L e te r m e c o n c e r n a it á l a f o is l a la n g u e e t la g é o g r a p h ie . Il s e r v a it d ’u n e p a r t á d é s ig n e r le s te r r ito ir e s o ú l ’o n p a r la it f ra n ? a is , d ’a u tre p a r t, d ’u n p o in t d e v u e lin g u is tiq u e , l ’o n a d is tin g u é le s f ra n c o p h o n e s n a tif s ( d o n t le f r a n ? a is é t a it l a la n g u e m a te r n e lle ) d e c e u x q u i n ’é ta ie n t q u ’« u s a g e r s » d e c e tte la n g u e ( a y a n t u n e a u tre la n g u e m a te r n e lle ) . P o u r c e s d e r n ie rs , le f r a n ? a is é ta it le m o y e n d e p a r tic ip a tio n á l a v ie in te r n a tio n a le (D e n ia u , 1983 : 1 1 - 1 3 ). P a r c o n s é q u e n t, R e c lu s f ix a l ’u n e d e s in te r p r é ta tio n s a c tu e lle s d u te r m e , á v o ir e s o n c a r a c te r e u n iv e r s e lle s a n s f ro n tie r e s g é o g r a p h iq u e s .

P o u r c e q u i e s t d e l a m o d e r n ité d e l a c o n c e p tio n d u g é o g r a p h e f r a n ? a is , e lle n e se b o r n a it p a s q u ’á se s c o n s id é r a tio n s lin g u is tiq u e s e t g é o g r a p h iq u e s . É ta n t u n v é r ita b le r é p u b lic a in e t u n n a tio n a lis te c o n v a in c u , il p r it p a r t á l a C o m m u n e , p lu s ta r d il f u t e x ilé . P o u r lu i c o m m e p o u r le s g e n s d e s a g é n é r a tio n , la F ra n c e s y m b o lis a it l ’e s p r it d e l a lib e r té , a in s i e lle d e v a it d o n n e r l ’e x e m p le a u m o n d e e n tie r. Il n o m m a l a la n g u e f r a n ? a is e c o m m e c e lle d e l a lib e r té e t il c o n s id é r a la f r a n c o p h o n ie c o m m e « s y m b o le e t r é s u m é d e la s o lid a r ité h u m a in e , d u p a r ta g e d e l a c u ltu r e e t d e l ’é c h a n g e » ( D e n ia u , 1 9 9 2 : 13).

(4)

L e m o t

francophonie

e s t to m b é d a n s l ’o u b li p e n d a n t p r é s d ’u n s ié c le a p r é s le s tr a v a u x d ’O n é s im e R e c lu s p o u r r é a p p a r a itr e e n 1 9 6 2 d a n s u n n u m é r o s p é c ia l d e l a r e v u e

Esprit

in titu lé

Le frangais dans le monde

. G ra c e á l ’in itia tiv e d e L é o p o ld S é d a r S e n g h o r, p r é s id e n t d u S é n é g a l, p o é te d e la n g u e fra n q a is e , m e m b r e d e l ’A c a d é m ie f ra n q a is e a in s i q u e d e c e lle d ’a u tre s h o m m e s d ’É ta t a f r ic a in s se g r o u p a n t a u to u r d e lu i, le te r m e a c o n n u u n e r e n a is s a n c e a v e c u n e in te r p r é ta tio n n o u v e lle . E n ta n t q u ’in itia te u r s d u m o u v e m e n t f ra n c o p h o n e , il f a u t m e n tio n n e r á p a r t le p r é s id e n t s é n é g a la is , le s e x - p r é s id e n ts d e s p a y s e x - c o lo n ia u x fra n q a is , N o r o d o m S ih a n o u k d e C a m b o d g e , H a b ib B o u r g u ib a d e T u n is ie , H a m a n i D io r i d e N ig e r ia . C e s p e r s o n n a lité s o n t f o r m u lé d a n s u n e c h a r tre , le s o b je c tif s d e la f r a n c o p h o n ie q u i é t a ie n t le s s u iv a n ts : a id e r la d é m o c r a tie , s a u v e g a r d e r l a p a ix , é ta b lir le d ia lo g u e d e s c u ltu r e s e t la c o o p é r a tio n d a n s P in té r é t d u d é v e lo p p e m e n t é c o n o m iq u e .

A c e tte é p o q u e - lá le m o t

francophonie

n e f ig u r a it p a s e n c o r e d a n s le s d ic tio n n a ir e s , s e u le m e n t l ’a d j e c t i f

francophone

a v e c l a s ig n if ic a tio n “ q u i p a r le h a b itu e lle m e n t o u a c c e s s o ir e m e n t l a la n g u e f r a n q a is e ” ( D e n ia u , 1 9 9 2 : 13).

L e p r e m i e r o u v r a g e d o n n a n t l ’a n a ly s e a c tu e lle d u te r m e é ta it

le Quid

d e 1 9 6 8 . O n p o u v a i t y lir e q u e lq u e s d é f in itio n s , l a p r é s e n ta tio n d e s f o n d a te u r s e t d e s o r g a n is m e s in té r e s s é s á l a d é f e n s e e t á l a d if f u s io n d e la la n g u e f ra n q a is e . A p a r ti r d e c e tte d a te le te rm e

francophonie

e s t a p p a r u d a n s le s d ic tio n n a ir e s e t le s e n c y c lo p é d ie s a v e c d e u x a c c e p tio n s p r in c ip a le s : “ le f a it d ’é tre f r a n c o p h o n e ” ( d ir e c te m e n t d é r iv é d e l ’a d je c tif ) e t “ l a c o lle c tiv ité c o n s titu é e p a r le s p e u p le s p a r la n t f r a n q a is ” ( D e n ia u , 19 9 2 : 14).

C o m m e c ’e s t s o u v e n t le c a s d e s c h o s e s n o u v e lle s , l ’a c c u e il d u te rm e

francophonie

f u t a u s s i c o n tr a d ic to ir e . A u c o u r s d e d iv e rs e s in te r p r é ta tio n s c o n c e r n a n t l a d é f in itio n d u rő le d e l a la n g u e e t d e l a c u ltu r e f ra n q a is e s , d e n o u v e a u x te r m e s o n t v u le j o u r :

francitude

,

communauté frangaise, communauté de la langue frangaise, commonwealth francophone,

e tc . (D e n ia u , 1 9 9 2 : 15). E n f in c e f u t le m o t

francité

q u i g a g n a e t q u i c o r r e s p o n d it le m ie u x á l a n o tio n in te lle c tu e lle d é f in ie p a r l a

francophonie

.

E n c e q u i c o n c e r n e le r a p p o r t e n tre l a

francité

e t l a

francophonie

, le p r é s id e n t L . S. S e n g h o r l ’a in te r p r é té d e l a fa q o n s u iv a n te d a n s s o n d is c o u r s á l ’U n iv e r s ité L a v a l e n s e p te m b re 1 9 6 6 : « l a f r a n c o p h o n ie e s t u n m o d e d e p e n s é e e t d ’a c tio n , u n e c e r ta in e m a n ié r e d e p o s e r le s p r o b lé m e s e t d ’e n c h e r c h e r le s s o lu tio n s . E n c o r e u n e fo is , c ’e s t u n e c o m m u n a u té s p ir itu e lle : u n e n o o s p h é r e a u t o u r d e l a te rr e . B re f, l a f r a n c o p h o n ie c ’e s t, p a r - d e lá d e l a la n g u e , la c iv ilis a tio n f ra n q a is e q u e j ’a p p e lle r a i l a f ra n c ité » ( v o ir S e n g h o r c ité p a r D e n ia u ,

1 9 9 2 : 1 6 - 1 7 ).

D e n o s j o u r s , le s e n s d u te rm e

francophonie

s ’e s t é la rg i e t e n r ic h i. Il n e s ig n ifie p lu s s e u le m e n t le f a it d ’é tre

francophone

a in s i q u e la c o lle c tiv ité d e s p e u p le s p a r la n t f ra n q a is , il e s t d e v e n u l ’a p p e lla tio n d ’u n im m e n s e m o u v e m e n t c u ltu r e l e t p o litiq u e e n v u e d e l a c o n n a is s a n c e e t d e la d é c o u v e r te d e la c u ltu r e d if fu s é e p a r l a la n g u e f ra n q a is e , c e lle d e la s u r v ie , d e l a p r o m o tio n o r g a n is é e e t d e l a r e c o n n a is s a n c e d e c e tte la n g u e á d e s f o ru m s in te r n a tio n a u x .

(5)

La mission de l’Organisation internationale de la Francophonie (OIF) regroupant prés de 60 états-membres consiste, entre autres, á représenter un point de vue alternatif, á propager la diversité culturelle dans un monde devenant de plus en plus uniformisé. Depuis 1986, on organise le sommet des chefs d ’État et de gouvernement qui a lieu chaque fois dans un état-membre différent.

A partir des années 1970 (création des institutions de la francophonie), c ’est la France qui fournit la moitié des ressources budgétaires de celles-ci, tandis que la part des deux autres pays riches de l ’OIF, le Canada et la Belgique a diminué.

Quant aux opérateurs directs de la francophonie, ils sont presque entiérement financés par la France : á hauteur de 85 % pour TV5 Monde ; pour l ’Agence universitaire de la francophonie et l’Association des maires francophones ; á 90

% pour l ’Université Senghor d ’Alexandrie. L’OIF réside á Paris. Depuis 2002, elle est dirigée par Abdou Diouf, secrétaire général (Le Monde sélec.

hebdomadaire, 25 octobre 2008).

Actuellement, la langue fran?aise est présente environ dans cinquante pays de cinq continents en quantité et qualité différentes. Au rang des langues utilisées comme maternelle ou officielle, le fran?ais occupe la onziéme place avec 100-120 millions de locuteurs aprés le chinois, l’anglais, le russe, l ’espagnol, le hindi, le portugais, l ’allemand, le japonais, le bengali el l’arabe.

Dans ce cas-lá, nous parlons des francophones réels. Le nombre de ceux qui communiquent plus ou moins réguliérement au moyen d ’un fran?ais norm atif (les francophonoides) se situe autour des 200-300 millions (Bárdosi - Karakai, 2008 : 208-209).

Dans certains pays et régions, le fran?ais est considéré comme langue maternelle et officielle á la fois (France, Monaco, Québec, Nouvelle-Calédonie), sur d ’autres territoires il est le rival du créole local (Antilles). Dans quelques pays africains (Bénin, Burkina Faso, Congo, Sénégal) le fran?ais est une langue officielle, celle de la culture et de l ’enseignement au dessus des langues de tribus. Il partage le statut de langue officielle avec une autre langue dans des pays comme le Burundi, le Cameroun, le Madagascar, le M aroc et le Zaire.

Enfin non pas en qualité de langue officielle, mais le fran?ais est largement utilisé en Algérie, en Egypte et au Cambodge (Bárdosi - Karakai, 2008 : 208).

D ’aprés le sondage de l ’OIF d ’en 2007, la planéte compte quelque 200 millions de locuteurs francophones dont 75 millions sont á considérer comme des francophones partiels aux compétences réduites. Les locuteurs anglophones sont plus de deux milliards. Dans les rangs estudiantins, le fran?ais recule considérablement. Le nombre des personnes « apprenant le fran?ais ou en fran?ais » dans le monde est passé de 96,8 millions en 2000 á 90,7 millions en 2002. Il y a de fortes disparités : augmentation en Afrique et au Moyen-Orient, diminution en Europe et stagnation ailleurs (Le Monde sélec. hebdomadaire, 25 octobre 2008).

En dehors de l ’Europe dans certains pays d ’Afrique et de l ’océan Indien le

nombre de ceux qui parlent fran?ais comme langue maternelle augmente plus

qu’on le croyait grace á la reproduction naturelle de la population. On peut

(6)

c o n s ta te r q u e m a lg r é l a b a is s e d u n o m b r e d e s lo c u te u r s f r a n c o p h o n e s , a u j o u r d ’h u i p lu s d e p e r s o n n e s p a r le n t f ra n q a is d a n s le m o n d e e n t ie r q u ’á l ’é p o q u e o ú le f ra n q a is é ta it le m o y e n d e c o m m u n ic a tio n d e s é lite s e u r o p é e n n e s .

D u p o in t d e v u e é ty m o lo g iq u e , le te r m e

francophonie

e s t f o rm é a v e c d e u x é lé m e n ts a p p a r e m m e n t c la ir s :

franco

- e t -

phonie

. L e p r e m i e r é lé m e n t

franco

- n e c o n c e m e p a s u n p a y s , m a is u n e la n g u e . Il v ie n t d u m o t

Frank

d ’o r ig in e g e r m a n iq u e q u i s ig n ifie “ h o m m e lib r e ” . C e tte la n g u e s ’e s t é la b o r é e á p a r tir d ’u n e n s e m b le d e d ia le c te s p a r lé s d a n s le n o r d d e l ’e x - G a u le e n v a h ie p a r le s R o m a in s . C o m m e d ’a u tre s c r é o le s d u la tin , le fra n q a is a u s s i e s t u n c r é o le n o r m a lis é . L e d e u x ie m e é lé m e n t -

phonie

v ie n t d u g r e c

phoné

“ le s o n ” , a p p liq u é á l a v o ix h u m a in e m o d u lé e p a r l a la n g u e (

Le frangais dans le monde

, 2 0 0 5 N°

3 3 8 ).

III. La langue fran^aise ou des langues fran^aises ?

D e n o s j o u r s d e p lu s e n p lu s d e lin g u is te s f ra n q a is (C . H a g e g e , L .-J . C a lv e t p a r m i d ’a u tre s ) p r o p o s e n t d e p a r le r

des langues frangaises

, d e s id io m e s p lu s o u m o in s a lté r a n ts a u lie u

de la langue frangaise

a u sin g u lie r. D e q u o i s ’a g it- il ? L a v é r ité c ’e s t q u ’il e x is te n o m b r e d e v a r ia n te s r é g io n a le s d if f é r a n t d e l a n o r m e p a r is ie n n e a u s s i b ie n e n F r a n c e q u e d a n s d ’a u tr e s p a y s o u te r r ito ir e s f r a n c o p h o n e s . Il f a u t a c c e p te r q u e l a p r a tiq u e f r a n c o p h o n e d ’a u j o u r d ’h u i r e p o s a n t s u r l a p lu r a lité lin g u is tiq u e e t c u ltu r e lle , se d ir ig e v e r s l ’o u v e r tu r e á la v ie , v e r s le c h a n g e m e n t. L a q u e s tio n e s t d e s a v o ir s ’il e s t p o s s ib le d ’h a r m o n is e r e t d e c o n c ilie r l a n o r m a lis a tio n a v e c l ’o u v e r tu r e v e r s le c h a n g e m e n t. C o n c e r n a n t c e p r o b le m e n o u s a v o n s a f f a ir e á u n e d iv e rg e n c e d ’id é e s.

S e lo n le s p lu s p e s s im is te s , il p e u t a r r iv e r le j o u r o ú d e u x p e r s o n n e s p a r la n t f ra n q a is n e se c o m p r e n d r o n t p a s . E n r e v a n c h e , il f a u t s o u lig n e r q u e l ’é v o lu tio n , l a m u ta tio n q u i s o n t p r o p r e s á l a v ie n ’é c h a p p e n t p a s a u x la n g u e s n o n p lu s . C ’e s t l ’A c a d é m ie q u i a « p o u r ta c h e e t v o c a tio n d e v e ille r l ’in té g r ité d u f ra n q a is to u t e n a s s u r a n t s o n a v e n ir [...] e lle e s t d a n s l a p o s itio n l a p lu s f a v o r a b le p o u r m o n tr e r le s v o ie s d ’u n e m o d u la tio n » ( H a g e g e , 1 9 8 7 : 2 5 7 - 2 5 8 ) . S e lo n H a g e g e , p o u r le m o m e n t « le f ra n q a is n e p a r a it p a s m e n a c é d e se d is s o u d r e d a n s le s f o rm e s p a r tic u lie r e s q u i e n s o n t is s u e s d u C a n a d a á l ’A f r iq u e e t d e s A n tille s á la R é u n io n . [...] o n tr o u v e a u j o u r d ’h u i p lu s ie u r s la n g u e s fra n q a is e s » ( 1 9 8 7 : 2 5 8 ).

Il f a u t a u s s i r e m a r q u e r q u e le p r o c e s s u s in v e r s e , c ’e s t q u e l a n o r m e f ra n q a is e d e F r a n c e a b s o rb e d e s f o rm e s d e fra n q a is q u i s ’é lo ig n e n t d ’e lle a u p o in t q u ’e lle s r is q u e n t d e f a ir e o b s ta c le á l a c o m p r é h e n s io n , n e m e n a c e p a s n o n p lu s . « Il e s t d a n s l a n a tu r e d e s la n g u e s d e se r a m i f ie r á p a r ti r d ’u n tr o n c u n iq u e , c a r e lle s s o n t s o u m is e s á u n e a v e n tu r e u n iv e r s e lle : e lle s v iv e n t d e l a v a r ia tio n » ( H a g e g e , 1 9 8 7 : 2 5 8 ).

S e lo n l ’o p in io n d e L .-J. C a lv e t a u d e l á d e l a n o r m e p a r is ie n n e , le s é tu d ia n ts d e M a rs e ille , le s C r é o le s d e M a r tin iq u e , le s S é n é g a la is d e D a k a r, le s C o n g o la is d e B r a z z a v ille , e tc . f o n t a u s s i v iv r e l a la n g u e f ra n q a is e e n se l ’a p p r o p r ia n t p o u r d e s b u ts d iv e rs . L e fra n q a is s u r v iv r a p a r se s p r o p r e s v a r ia n te s , p a r l a m u ltitu d e

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de langues fran^aises. Cela veut dire que de nouvelles générations de langue verront le jo u r et ces dernieres se rapporteront au fran^ais de la merne fa?on que le fran^ais, l ’italien ou l ’espagnol se rapportent au latin. C ’est déjá le cas de l ’anglais et de l ’espagnol témoigné par des critiques de livre contemporaines. On ne se contente plus d ’indiquer « traduit de l ’anglais par X ; de l ’espagnol par Y » on précise l ’origine par ex. l ’Australie pour l ’anglais ou l’Argentine pour l ’espagnol. D ’apres Calvet c ’est déjá l’indice des changements en cours (L ’Express international N° 2786, 33-35).

IV. Conclusion

Des le début du XXIe siecle la politique linguistique de France s ’est fixé des objectifs plus réalistes que ceux des dernieres décennies du X X e siecle. La France a accepté que l’anglais était devenu la premiere langue du monde tant dans le domaine des relations internationales que dans celui de l ’enseignement des langues étrangeres. Le fran?ais ne lutte plus contre l ’anglais. A ujourd’hui, l ’objectif de premiere importance est que le fran?ais soit l ’une des langues étrangeres les plus parlées et utilisées apres l ’anglais (Soignet, www.euractiv.hu) .

Par conséquent, la politique linguistique actuelle de France accorde la préférence á deux aspects : 1. A l’échelle mondiale, au moyen des contrats bilatéraux augmenter le nombre des apprenants du fran?ais dans les pays partenaires, promouvoir la formation des professeurs de fran?ais, éveiller Pintérét á la culture fran?aise et développer la coopération artistique et les échanges culturels. 2. A l ’échelle européenne, conserver la position de la langue fran?aise dans les institutions de l ’Union européenne. En vertu d ’un projet d ’action á long terme existant depuis 2002, la formation en langue fran?aise continue pour les fonctionnaires, les traducteurs, les interpretes, les diplomates, les députés, les journalistes des états-membres de l ’union. Le programme se fait sous l ’égide de l ’Organisation internationale de la Francophonie et de l’Agence universitaire Francophone, il est financé en commun par trois pays, la France, la population francophone de Belgique et le Luxembourg (Soignet, www.euractiv.hu) .

BIBLIOGRAPHIE

BÁRDOSI Vilmos et KARAKAI Imre (2008) : A francia nyelv lexikona.

Budapest, Corvina.

DENIAU Xavier (1992) : La francophonie. Paris, Presses Universitaires de France.

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S O I G N E T M ic h e l :

A francia nyelv már nem küzd az angol ellen

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.

Sélection hebdomadaire

, 25

o c to b re 2 0 0 8 .

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